Resumo
das Teorias-chave
Embora poucas posições sejam inteira
ou exclusivamente behavioristas ou cognitivistas, essas terminologias são
importantes para organizar o conhecimento estudado e orientar quanto ao quadro
geral de assuntos importantes para cada autor ou corrente psicológica.
De modo geral as teorias
behavioristas investigam as relações entre os estímulos e repostas e as
conseqüências do comportamento. Já os cognitivistas lidam mais com conceitos
relacionados aos processos mentais envolvidos no ato de aprender: solução de
problemas, autoconsciência, memória e linguagem, dentre outros.Abaixo citamos o resumo das principais teorias do desenvolvimento
1.
Behavioristas:
Pavlov:
condicionamento clássico
O fisiologista russo Ivan P. Pavlov,
como resultado de um estudo com cachorros treinados para salivar em resposta a
uma campainha, estabeleceu as bases para a maior parte das pesquisas e
teorizações a respeito da aprendizagem e a mudança de comportamento. Muitos dos
princípios do condicionamento clássico
como generalização e extinção, por exemplo, continuam a ser aplicados na
psicologia clínica, na educação, na indústria e em muitos outros setores.
Watson:
Behaviorismo norte americano
O condicionamento clássico foi
abraçado por John B. Watson, que encarava a psicologia como uma ciência que
lida com o que observável como o comportamento. Ele defendia que os indivíduos
nasciam com um repertório comportamental que consiste em apenas alguns reflexos
e que estas respostas iniciais tornam-se condicionadas a outros estímulos por
terem sido repetidamente associadas a elas. Foi um porta-voz do
“ambientalismo”, a crença de que o ambiente
determina a personalidade, a inteligência e todas as outras qualidades humanas.
Gutherie:
Aprendizagem em uma única tentativa
Era um behaviorista convicto. O
autor afirma que sempre que uma resposta
segue-se a um estímulo, o resultado será uma tendência de que a mesma resposta
ocorra novamente na próxima vez em que o estímulo for apresentado. Para ele
a aprendizagem ocorre na primeira associação de um estímulo e uma resposta, e
que a prática adicional não fortalecerá a resposta, embora isso ajude a
assegurar que a pessoa ou o animal aprenda-a em outras situações. Embora a
aprendizagem ocorra na primeira tentativa é possível remover hábitos
indesejáveis aprendendo novos hábitos através de três formas: a fadiga, a
abordagem limiar e o método dos estímulos incompatíveis.
Thorndike:
Tentativa e Erro e a Lei do Efeito
Introduziu a noção de reforçamento na teoria da aprendizagem
contemporânea por meio da lei do efeito. Essa lei diz que a aprendizagem é uma
conseqüência do efeito do comportamento, ou seja, as respostas que resultam de
uma situação de eventos satisfatórios tendem a ser repetidas. No início
defendia também que as situações que causavam aborrecimento ou era
desagradáveis teriam o efeito oposto, mas ele rejeitou essa crença após 1930.
Antes disso, acreditava que os eventos estímulo-resposta praticados tendiam a
se tornar mais ligados, e que aqueles que caiam em desuso tendiam a ser
esquecidos (a lei do exercício). Mais tarde o autor rejeitou essa idéia. Para Thorndike, a aprendizagem consiste na formação de vínculos entre estímulos e
respostas principalmente em função das respostas. Ele denominou o processo
de aprendizagem de gravação e o esquecimento de eliminação. Outras leis
subsidiárias foram propostas, dentre elas, a lei de respostas múltiplas: quando confrontadas com uma situação-
problema, as pessoas tendem a responder a elas de várias maneiras, até que uma
das respostas emitidas é reforçada; em outras palavras, a aprendizagem ocorre por meio de um processo de tentativa e erro.
Hull:
Sistema hipotético-dedutivo
Clark L. Hull levou ao extremo as
abordagens científicas de behavioristas como Watson, Gutherie e Thorndike,
desenvolvendo um sistema hipotético-dedutivo objetivo e complexo. Ele tentou
formalizar todo o conhecimento sobre o comportamento humano para tornar
possível prever respostas com base no conhecimento sobre os estímulos. Um dos
conceitos centrais de sua teoria é o hábito, uma conexão S-R. Um agrupamento
dessas conexões forma uma hierarquia de família de hábitos, estes se relacionam
quando tem objetivos comuns (conceito de resposta fracionária antecipatória ao
objetivo). Por exemplo, quando um rato lambe os beiços ao virar na última
esquina de um labirinto, onde sabe que vai encontrar comida. Estas respostas
são importantes porque representam a definição behaviorista de Hull da
expectativa ou do propósito e prenunciam preocupações cognitivas importantes.
Skinner:
condicionamento operante
Desenvolveu um modelo de
condicionamento operante, baseado na noção de que a aprendizagem resulta do reforçamento das respostas emitidas por um
organismo. Dentre suas descobertas mais importantes está a que mostra que a
aprendizagem é facilitada, nos seus estágios iniciais, pelo reforçamento
contínuo, e que a extinção é mais lenta após o reforçamento intermitente.
Embora tenha feito várias experiências com animais, muitos de seus resultados
são geralmente aplicáveis ao comportamento humano. Uma técnica desenvolvida
pelo autor para ensinar comportamentos complexos aos animais (muito empregada
por adestradores profissionais) é a modelagem que envolve reforçar aproximações
sucessivas do comportamento desejado.
Alguns de seus estudos têm sido
extensamente aplicados na educação, na medicina, na publicidade, na
psicoterapia e outras atividades humanas. Uma aplicação educacional bem
conhecida é a instrução programada – um arranjo deliberado do material para
tirar vantagem dos efeitos do reforçamento.
2.
Transição para o cognitivismo moderno
Hebb:
Neurofisiologia da aprendizagem
Sua proposta é neurofisiológica e de
certa forma especulativa, criada para explicar pensamento e aprendizagem pela
atividade de neurônios. O pensamento,
sugere ele, envolve atividades entre
grupos de neurônios dispostos em circuitos fechados (chamados assembléias de
células) ou de atividades em arranjos mais complexos de tais circuitos
(chamados seqüências de fases). Outro ponto importante na teoria é a idéia
de que a transmissão entre neurônios parece ser facilitada pelo resultado do
disparo repetido entre eles. Esse fenômeno da atividade neural explicaria a
aprendizagem. Uma assembléia de células corresponde a um input sensorial
simples (por exemplo, a cor de um objeto ou uma parte de uma de suas dimensões)
ao passo que a atividade em uma seqüência de fases corresponde ao objeto. Por
meio da aprendizagem, as assembléias de células e as seqüências de fases
finalmente adquirem alguma correspondência com o ambiente: uma vez que diferentes
partes de um objeto são, em geral, percebidas em contigüidade, as assembléias
de células relacionadas aos diferentes aspectos de um objeto estarão
relacionados.
Tolman:
o comportamento tem um propósito
O sistema de Tolman reflete três
crenças básicas: 1) todo comportamento é
intencional, assim, o comportamento é dirigido, guiado na direção dos
objetivos, não pelos estímulos, mas, sim, pelas cognições, pelo estar
consciente. (Essas cognições assumem a forma de expectativas que o organismo
desenvolve em relação à recompensa); 2) preocupava-se
com os aspectos mais globais do comportamento; 3) defendeu que aquilo que é aprendido como uma função do reforçamento não
é uma ligação estimulo - resposta ou uma resposta – reforçamento, mas uma
cognição – a consciência de que uma recompensa pode se seguir a certos
comportamentos. Essa consciência ou expectativa guia o comportamento fazendo
com que a descrição de seu sistema seja conhecida como behaviorismo intencional.
Gestaltistas:
O cognitivismo alemão
Representa a transição na história
das teorias da aprendizagem: os gestaltistas usaram seres humanos em suas
pesquisas, ao passo que os behavioristas empregavam animais. A posição da
gestalt é cognitiva por causa de sua preocupação com a percepção e pela sua rejeição
às explicações da aprendizagem humana por tentativa e erro. Segundo a gestalt, as pessoas aprendem por insight. A
abordagem pode ser sintetizada da seguinte forma: mesmo os objetos físicos não
podem ser completamente conhecidos ou compreendidos pela analise de suas
partes, pois o “todo é maior do que a soma das partes”, tornou-se o slogan mais conhecido da gestalt. O
principal foco da psicologia da gestalt era descobrir as leis que governam a
percepção.
3-
Cognitivismo moderno:
Jerome
Bruner: indo além da informação dada
Sua teoria preocupava-se em explicar
fenômenos na percepção, tomada de decisão e no processamento da informação. Um
dos pontos centrais é o conceito de “categorizaçao”
que implica em tratar os objetos como se fossem equivalentes. Categoria é uma
regra para classificar objetos pelas suas propriedades. Bruner devotou muito de
sua pesquisa em investigar que estratégias as pessoas utilizavam para
classificar estímulos. A abordagem de Bruner para a aprendizagem é baseada na
pressuposição de que o valor do que é aprendido pode ser medido por quão bem
ele permite ao aprendiz ir além da informação dada e que os conceitos e
percepções organizados em sistemas de categorias relacionados entre si permite
a resolução de problemas.
Piaget:
Desenvolvimento e Adaptação
Piaget descreve o desenvolvimento
como a evolução da capacidade da criança para interagir com o mundo de modo
cada vez mais apropriado, realista e lógico. Parte de seu trabalho é a
descrição de crianças com diferentes estágios
de desenvolvimento que ele classificou como: estágio sensório-motor
(nascimento aos 2 anos), pré-operacional (2 anos aos 7 anos), operações
concretas (7 anos aos 12 anos) e operações formais (12 anos aos 15 anos). Cada
estágio precedente é uma preparação para o próximo estágio. Outro aspecto do
trabalho de Piaget é a descrição das estratégias biológicas utilizadas pelo
homem para se adaptar ao ambiente: assimilação
(utilizar capacidades já aprendidas), acomodação
(apreender algo novo e modificar o comportamento). O equilíbrio entre o
processo de assimilação e acomodação constitui o comportamento adaptativo. Sua
contribuição também foi a de apresentar a idéia de que as crianças constroem uma visão de realidade em vez de simplesmente
descobri-la ou aprende-la de forma passiva.
Vygotsky:
Cultura e Linguagem
Sua teoria dá relevância ao papel da
cultura e da linguagem no processo do desenvolvimento cognitivo. A interação
social, juntamente com a linguagem que a cultura dá, é o que possibilita o
desenvolvimento dos processos mentais superiores: memória, atenção, linguagem e
raciocínio. Um conceito central de sua teoria é o da Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), segundo a qual a criança
que é capaz de fazer X por si mesma, pode ser capaz de fazer X mais Y com o
auxilio de um adulto ou outra criança mais velha. Este Y, aquilo que a criança
consegue alcançar com mediação de alguém, é a
Zona de Desenvolvimento Proximal. Uma das implicações para o ensino é de
que o bom ensino é aquele que requer que o educador apresente ao aluno tarefas
que caiam nesta zona, nem tão simples que possam ser realizadas facilmente, nem
tão difíceis que mesmo com auxilio ele seja incapaz de fazê-lo. Mediação é o termo utilizado para
definir o tipo de intervenção que o educador deve fazer na apresentação da
tarefa e inclui demonstrações, explicação, perguntas norteadoras, sugestões,
correções de erros e etc. tudo dentro da ZDP.
Referência:
LEFRANÇOIS, Guy. Teoria
da aprendizagem. São Paulo: Cengage Learning, 2008, 5 ed.
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias da aprendizagem. São Paulo:
EPU, 1999
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