A psicologia do desenvolvimento tem quase como consenso que a nossa formação se dá em mediação com o mundo físico e simbólico: somos seres culturais. Produzir a humanidade envolve identificar os elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos, e, em termos de processos cognitivos, como se dá esta apropriação. Existe, entretanto, uma discussão do peso que o nosso aparato biológico e o meio físico teriam sobre a formação humana.
O documentário Zeitgeist parte do principio que a dicotomia “Biológico x Social” é falsa e que seria impossível dizer como o biológico funciona sem o social. Que a maior parte do nosso comportamento sofre um efeito Epigenético, onde o social molda o biológico, sendo que até no útero o sujeito já é afetado pelo ambiente , recebendo “mensagens” via hormônios e níveis de stress da mãe, uma retrato do que o feto espera lá fora.
Uma discussão interessante também é a respeito da infância e o conceito de que problemas de comportamento são desenvolvidos em dois momentos:
1. Quando o que não devia acontecer, mas acontece (tragédias, perdas, abusos, etc).
2. Quando o que teria de acontecer, não acontece (pais fisicamente presentes, mas emocionalmente, distantes).
Neste sentido, a adaptação do indivíduo e a forma com que irá se relacionar com os outros depende da qualidade das relações sociais que estabelece desde a mais tenra infância.
Chega-se a um conclusão prévia: quanto mais se conhece sobre o desenvolvimento biológico, mais reconhecemos a interferência do social e o cultural em nossa formação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário